quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Feito bobo

Como é bobo aquele que sonha pequeno
Que não almeja uma casa
Mas o conforto de um lar
Mesmo que seja o mais simples casebre
Que não almeja o dinheiro em excesso
Mas o suficiente para ser bom

Como é bobo aquele que não deseja uma conta milionária
Mas uma rosa de presente pro seu namorado no mês de namoro
Mesmo de papel

Como é bobo aquele que não deseja a marca mais cara de roupas
Mas a sutileza de uma simples camisa que cai bem e provoca um: “como você é lindo”.
Como é bobo um menino que aceita tudo com um sorriso
Seja uma dor ou uma flor
Ao invés de jogar, disputar e se enganar.

Como é bobo aquele que não se entrega aos prazeres do máximo
Mesmo se o caminho for curto e estreito
Mas certo de que há esperança
Como é bobo aquele que olha adiante e enxerga tanto amor nas pessoas
Mesmo quando aos seus pés só existe lama e dor

Pra onde vão os meninos bobos?
Por onde andam esses meninos que tanto se ouve falar
Tão raros, tão bobos, garotos
Que trazem os olhos de Deus
E o sorriso de Deus
De cada Deus
Que nós somos na vida.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

The Corrs


Sabe quando uma relação é tão deslumbrante?
Não há interesse mesquinho ou egoísta, e o que você mais quer é contribuir pra felicidade e evolução da pessoa? 

Especialmente para alguém especial...



Hideaway

It's time to change,
throw out the books
and start again
Break all the rules,
fall on your face
don't be ashamed
You can't waste more time

'cause you've been gone for far too long
Trapped in his arms, safe without harm
Follow your heart don't be afraid.

You think that you're ok
But I don't believe in what you say
You think that it's too late
But it's not good, good enough
for you

Don't hideaway
'Cause I know that you've got what it takes
I believe you can be what you wanna be

 
Let yourself go, don't you worry about a thing
Breaking the chains, so hard to begin
Follow your heart don't be afraid

You think that it's too late
But it's not good, good enough for you


Don't hideaway
'Cause I know that you've got what it takes
I believe you can be what you wanna be



Refúgio

É hora de mudar,
jogar os livros
E começar de novo
Quebre todas as regras,
Caiu a ficha
Não se envergonhe
Você não pode desperdiçar mais tempo,
pois você passou muito tempo distante
Presa nos braços dele, segura e sem danos
Siga seu coração, não tenha medo.


Você pensa que está bem
Mas eu não acredito no que você fala
 Você pensa que é tarde demais
Mas isso não é bom, não é bom o suficiente para você

Não se esconda,
Pois eu sei que você tem o que é necessário
Eu acredito que você pode ser o que quiser ser


Seja livre, não se aborreça com nada
 Quebre as correntes, tão dificil de começar
Siga seu coração, não tenha medo

Você pensa que está bem
Mas isso não é bom, não é bom o suficiente para você


Não se esconda,
Pois eu sei que você tem o que é necessário
Eu acredito que você pode ser o que quiser ser




Pois é, tô contigo.


Pare e pense

Às vezes eu paro no meio da vida e penso nas diferenças e desigualdades sociais. E deixando de lado o discurso de MISS Universo, eu penso o quanto é foda, ignorante e revoltante tamanhas injustiças humanas.

Eu me sinto um pouco responsável por essa onda de violência no RIO. O que tenho feito para contribuir pela bem comum? Por mais grandioso que pareça, uma atitude pequena, um "bom dia", um "desculpa", um "eu perdoou" faz tanta diferença. Feito a teoria do caos onde um bater de asas de uma borboleta na Ásia causa um furacão nas Américas. 

Por isso é tão importante ser feliz, ser sincero e viver em paz. Isso tudo são reações em cadeia, onde todos estão interligados. Praticar o bom, ser gentil, ser justo consigo mesmo, com os próprios sentimentos, com as pessoas, pedir desculpas, com licença, agradecer, exigir respeito, promover a reflexão. 
Salve, salve o poeta que finge tão bem a dor que deveras sente pra fazer a gente refletir, reconhecer e mudar.
"Verifique a classificação indicativa dos versos... eu não sou culpado por pensar diferente/não sou modesto e um pouco inconsequente/eu não quero dizer o que você quer escutar/vou dizer aquilo tudo que pensar/quando procuramos a verdade encontramos as respostas/que mentirosos não gostariam de morrer."
Viva o social.



Dominó




Primeira peça: Um rapaz acorda super de mal humor.
Ao sair de casa, briga com a mãe de cabelos vermelhos, que fica magoada. Na rua, na busca de emprego, insulta um flanelinha que tenta lavar o vidro do seu carro. O flanelinha, por sua vez, sai de perto, magoado, o que fez crescer ainda mais uma revolta em seu peito pela sua condição de vida, antes do almoço, passa em uma boca de fumo, compra droga com os trocados que conseguiu no sinal, alimenta seu vício e foge da realidade por alguns instantes. O traficante, pega aquele dinheiro, pensa que o negócio é lucrativo, investe ainda mais no tráfego e um dia, assalta uma senhora de cabelos vermelhos na rua. Essa senhora chora, inconsolada. Seu filho chega, abraça, se revolta com a segurança pública, com o governo. Cidadãos ao redor ficam ainda mais revoltados. Um deles, pai de família, lembra da dor que tem pois perdeu um filho em um assalto. Vai pra casa sobressaltado, e no caminho, deixa de dar um trocado para uma família que mendiga comida, deixando a mãe pobre ainda mais pobre de esperanças. Sem esperanças, não pôde educar seus filhos de um jeito sereno, o que fez com que um deles se entregasse ao tráfego. Esse filho da marginalidade juntasse com tantos outros em um morro, formam uma sociedade de valores, dominam a região, controlam drogas, dinheiro, relações, submissões. Uma onda de violência desce o morro, sai das favelas, e ameaça aquela gente de paz que se prende atrás de grades de condomínios fechados, carros blindados e casas monitoradas. Ondas de crimes, mais tráfego, mais flanelinhas, mais meninos sem esperança, mais dor, mais violência, caos, descontrole, medo, desigualdades, pedidos de socorro, injustiças, corrupção, fé, súplica, amor, compaixão, caridade, choro, morte. Com isso, um secretário de segurança pública desenvolve uma força tarefa, uma guerra pela paz. Sobe morro, tiros, polícia, forças humanas armadas, lema contra o tráfego, mortes ditas necessárias, prisões, choros, gritos de vitória, alívio, brincadeira de polícia e ladrão, conquista de território, suspiro, tiro, mídia, mundo, choque, paz, esperança, futuro.
Por meio ou fim, uma atitude em cadeia feito bola de neve que desce o morro. Tudo isso por uma peça, que caiu em falso, deslocada, fraca. 


terça-feira, 30 de novembro de 2010

Salto



Quero me jogar
Sem medo de cair
Mesmo que os ventos mudem
Quero olhar nos teus olhos
E me reconhecer
Seu.


G.J.C

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Morra, vazio.




Que o vazio seja preenchido.
E o que o medo não atrapalhe.
Que não me faça deixar de olhar o horizonte
E sonhar, sorrir, merecer e amar.


Uma vírgula de Shakespeare



Shakespeare que me perdoe, mas nossas dúvidas é que são traidoras. 
Nos cega, é inerte, anestesia, some com qualquer reação. 
E se vivermos assim, um dia podemos perder um diamante, de tanto colecionar pedras no caminho.